A proposta, que se insere na Estratégia de Natureza, Conservação e Biodiversidade da companhia, busca somar mais de 26 mil hectares de áreas de conservação na Região de Aysén, que eram antigas terras utilizadas para trabalhos florestais.
Um parque aberto ao público, áreas de conservação de espécies nativas e zonas de captura de carbono são algumas das ações que farão parte deste projeto.
Durante a Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP 16), que está sendo realizada em Cali, Colômbia, dos dias 21 de outubro a 1 de novembro, foi apresentada uma nova iniciativa que será realizada no Chile, especificamente na Região de Aysén. Trata-se do Projeto Patagonia CMPC, um plano que a empresa desenvolverá em terrenos que possui no sul deste país, com o objetivo de proteger o meio ambiente e conservar a natureza.
Entre as atividades que serão realizadas nos mais de 26 mil hectares estão a reconversão de terrenos de plantações florestais para florestas nativas, conservação das espécies de flora e fauna atualmente presentes e a manutenção de sumidouros de carbono na região. O projeto também prevê a abertura de um novo parque na rede Bosque Vivo, o primeiro na Região de Aysén.
“O Projeto Patagonia é muito relevante dentro da nossa Estratégia de Natureza, Conservação e Biodiversidade. É uma das nossas iniciativas mais desafiadoras, que nos permitirá obter novos conhecimentos e implementar ações relacionadas aos quatro pilares da nossa Estratégia, além de aumentar nossas áreas de restauração e conservação, que atualmente representam mais de 30% do nosso patrimônio”, contou Verónica de la Cerda, Gerente de Sustentabilidade da CMPC.
O responsável por apresentar o projeto no encontro foi Patricio Herranz, Chefe de Sustentabilidade e Conservação da CMPC, que expressou: “Hoje está sendo avaliado o Capital Natural para todo o patrimônio de Aysén, onde serão valorizados todos os Serviços Ecossistêmicos presentes para todos os usos do solo dos terrenos, dando assim maiores atributos socioambientais para readequar as linhas de trabalho projetadas para 2024”.
Em detalhe, a iniciativa estabelece que 13.280 hectares estarão sob conservação, abrigando espécies nativas de flora como Lenga, Coihue de Magallanes e Sempre Verde, entre outras. Mais de 4.500 hectares serão restaurados: de terras que foram utilizadas como plantações, agora esses terrenos serão transformados em florestas nativas, com o objetivo de expandir essas superfícies no futuro. Finalmente, mais de 8.100 hectares serão utilizados como sumidouros de carbono, referindo-se a áreas que não terão função silvicultural, mas desempenharão um papel importante na proteção do solo contra erosão, na preservação da biodiversidade do território e na captura de carbono do ambiente.
Além disso, no futuro, espera-se criar um corredor biológico para o Huemul, protegendo esta espécie típica do sul do Chile, atualmente em perigo de extinção.
Por fim, o Projeto Patagonia CMPC prevê a abertura do Parque El Cóndor na rede Bosque Vivo, que estará localizado a 10 quilômetros a leste de Coyhaique e incluirá em seus terrenos o Cerro Negro, um morro de mais de 1.000 metros acima do nível do mar, que se destaca por suas paredes de rochas colunares.
Também, no futuro, será implementado o Fundo Patagonia CMPC, um fundo competitivo que financiará projetos que contribuam para o valor compartilhado, a inovação e a sustentabilidade da comunidade de Aysén, com ações focadas na conservação, pesquisa e desenvolvimento sustentável.
Estratégia de Natureza, Conservação e Biodiversidade
O Projeto Patagonia é uma das iniciativas desenvolvidas no âmbito da Estratégia de Natureza, Conservação e Biodiversidade da CMPC, apresentada em 2023, que busca identificar e destacar a importância das áreas de conservação e proteção para a sustentabilidade das operações florestais, além de demonstrar a relação virtuosa entre as atividades produtivas desenvolvidas nas plantações e as áreas de conservação.
A estratégia se divide em quatro pilares fundamentais: biodiversidade, serviços ecossistêmicos, soluções baseadas na natureza e territorialidade. O primeiro pilar visa promover e proteger toda a vida que existe no planeta (plantas, animais, organismos microscópicos, seres humanos). Em segundo lugar, com serviços ecossistêmicos, busca-se identificar e valorizar os muitos benefícios que as pessoas obtêm dos ecossistemas produzidos pela interação com eles, como o turismo e a contemplação de florestas e paisagens.
Soluções baseadas na natureza referem-se a ações que se apoiam nos ecossistemas e nos serviços que eles oferecem para responder a diversos desafios da sociedade, beneficiando tanto as pessoas quanto o meio ambiente. Finalmente, o quarto pilar busca ter uma visão completa da paisagem ou território, incorporando a visão e os interesses das comunidades vizinhas às florestas.