Alpinista chileno Juan Pablo Mohr conquista o cume do perigoso Monte Dhaulagiri
Neste 3 de outubro o alpinista chileno Juan Pablo Mohr alcançou o cume do Monte Dhaulagiri, a 8.167 metros acima do nível do mar, o sétimo mais alto do mundo. E ele fez isso sem a ajuda de oxigênio suplementar nem sherpas, tornando-se o primeiro chileno a alcançar esta façanha.
Esta conquista do atleta nacional, que é apoiado por CMPC desde 2018, soma-se à conquista do Lhotse em 16 de maio e do Everest em 27 de maio, ambas as conquistas também sem a ajuda de oxigênio suplementar nem sherpas.
O Dhaulagiri, de acordo com os especialistas em montanhismo, é uma das montanhas mais perigosas do mundo. De fato, desde 2007, estima-se que houve 358 subidas bem-sucedidas e 58 vítimas fatais.
Inclusive, o próprio Mohr havia tentado chegar ao topo no ano passado, mas ele teve que abortar porque seu cordada (companheiro de expedição) não tinha a água necessária.
Para a conquista do Monte Dhaulagiri, Mohr chegou ao Himalaia dia 6 de setembro, onde, juntamente com seu companheiro brasileiro Moeses Fiamoncini, ficaram esperando uma janela de bom tempo para atacar o pico da sétima montanha mais alta do mundo.
“Me sinto bem, o equipamento é muito bom e a montanha está lotada de neve, mas é possível!”, foi a frase que Juan Pablo Mohr enviou àqueles que o seguem enquanto esperavam no Acampamento 3 o ataque final ao cume.
Esta nova façanha de Mohr é a quinta acima dos 8 mil metros de altura. Em maio de 2017, o chileno de 32 anos conquistou o cume do Monte Annapurna (8.098 metros), para muitos, o mais perigoso do mundo, e em setembro de 2018 alcançou o topo do Manaslu (8.156), o oitavo mais alto do mundo.
O próximo passo para Mohr será retomar, durante o próximo semestre, um desafio autoimposto há alguns meses: ser o primeiro chileno a escalar 5 montanhas com mais de 8.000 metros acima do nível do mar, em 100 dias.