Cães e humanos competem juntos em uma nova edição do Dryland Mushing de Los Ángeles, na região do Biobío

A CMPC apoiou a corrida e disponibilizou sua propriedade Higuerillas, em Los Ángeles, na região do Biobío, para a realização dessa competição. 

O mushing é uma disciplina que nasceu na Noruega há 30 anos e que consiste em uma corrida de trenó na neve, com tração canina. O Dryland Mushing é, na verdade, a mesma modalidade, mas que se realiza em lugares com ausência de gelo cristalizado. No Chile, são várias as organizações que praticam esse esporte. Assim, a fazenda Higuerillas, de propriedade da CMPC, foi sede de uma importante competição nacional. 

German Scholz, diretor da Federação Chilena de Esportes Caninos e organizador do evento, comentou que esta é a primeira de muitas corridas que esperam realizar na cidade de Los Ángeles, na região do Biobío. “Agradecemos à CMPC por nos ceder o lugar para a realização da corrida e a  todos os patrocinadores que colaboraram para o sucesso do evento. Tivemos uma quantidade excelente de participantes, inclusive mais do que em outras corridas realizadas ao longo do Chile e o público nos apoiou bastante. Nosso foco agora é o mundial da Espanha, que acontecerá no mês de novembro e esperamos no próximo ano realizar a competição novamente aqui em Los Ángeles”. 

30 competidores, 20 participantes e mais de 200 espectadores deram vida a essa atividade, cheia de pelos e latidos, na qual cães e seres humanos puderam competir lado a lado em categorias como scooter (uma scooter de montanha é impulsionada pelo humano e pelo cão ao mesmo tempo), rig (é o mais parecido a um trenó, no qual a pessoa dirige um triciclo tracionado por seus cães), bikejoring (o cão corre e traciona a bicicleta montada pelo humano) e canicross (o tutor corre amarrado ao cão). O mais importante é o desenvolvimento e o fortalecimento da conexão entre o animal de estimação e o tutor, que neste tipo de circunstâncias se alcança de forma imediata. 

Com a finalidade de promover atividades ao ar livre, a CMPC disponibiliza seus terrenos e propriedades para a prática de esportes e atividades recreativas, como o projeto Bosque Vivo, que conta com os parques Pumalal de Temuco, Junquillar de Angol e Lastarria de Loncoche, todos espaços habilitados com trilhas para trekking e ciclismo de montanha, onde é possível apreciar a interação entre florestas produtivas e nativas.

Christian Santibáñez, chefe de Relacionamento da CMPC de Los Ángeles, comentou que a abertura das florestas e espaços da empresa está englobada em uma política transversal para melhorar a qualidade de vida das pessoas. “Para a CMPC, é fundamental viver o natural, o que se enquadra na estratégia do projeto Bosque Vivo, no qual abrimos nossas propriedades para que a comunidade possa praticar atividades recreativas. Nesse sentido, cedemos o espaço, melhoramos o acesso e disponibilizamos toda a logística para que a iniciativa pudesse ser realizada de maneira correta e que as famílias possam se divertir em um ambiente de convivência sadia”. 

Graças a essa iniciativa, os presentes e participantes do encontro aproveitaram o evento e criaram uma conexão muito mais profunda com seus animais de estimação. Nicole González participou da categoria “canicross” e destacou a relevância de gerar esses espaços de entretenimento. “Parabenizo os organizadores porque existe muito trabalho detrás desse tipo de atividade. Além disso, agradeço à empresa por ter aberto os espaços para a prática esportiva e para atividades nas quais exista um vínculo com os animais de estimação”. 

Essa é a mesma opinião de Catalina Erices, que além de correr com seu pet na categoria “scooter”, também faz parte da comissão organizadora do evento: “Estou emocionada porque essa foi a primeira corrida que organizamos. Além disso, é a primeira vez que pratico “scooter” e minha cachorrinha estava fascinada. Isso me deixa feliz. Acho incrível que a empresa florestal tenha nos apoiado desde o começo e estamos extremamente agradecidos já que, se não fosse por eles, não teríamos esse espaço maravilhoso para realizar o encontro”. 

Bem-estar animal 

Normalmente, a preocupação nesse tipo de iniciativas é a saúde do animal. A temperatura do solo, o vento e outros fatores externos poderiam afetar o animal, mas no caso do dryland mushing isso não acontece pois estritas medidas de segurança são aplicadas, tanto para os seres humanos como para os cães. Nesse sentido, o veterinário da Universidade Católica de Temuco, Jorge Toro, esteve presente no Dryland Mushing de Los Ángeles para inspecionar a realização do evento e o estado de saúde dos animais, bem como para entregar alguns conselhos sobre o cuidado animal nessa época de aumento de temperaturas. 

“O bem-estar animal se refere a que o comportamento natural do animal seja expresso sem que nenhum fator exógeno cause estresse. No caso do mushing, os cãezinhos terminam muito felizes e alegres, pois estão com muita energia mesmo antes de iniciar a corrida. O ato de correr com seus tutores é uma experiência que leva à criação de um vínculo profundo entre o tutor e o animal, por isso a competição deve ocorrer com importantes medidas de segurança”. 

Por isso, e em função do aumento de temperaturas, o veterinário deu algumas dicas para o cuidado adequado dos animais de estimação: “Recomenda-se um cuidado especial com os cães de cor branca, utilizar bloqueador solar sobre o focinho e manter o nariz umedecido. Para as patas, quando faz muito calor, não os levar para passear no asfalto, uma vez que aumenta muito a temperatura. É melhor sair para passear durante a manhã ou à noite, ou usar sapatos para cobrir suas patinhas”. 

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