CMPC e UdeC selam aliança para acelerar a transição energética para o hidrogênio verde da região de Biobío, no Chile

O caminho em direção à transformação energética tem feito com que vários países como Chile, que podem ter vantagens competitivas importantes, desenvolvam uma Estratégia Nacional para o Hidrogênio Verde, um combustível que não produz emissões, que é oriundo a partir de fontes de energias renováveis e a favor do carbono zero. 

Atualmente, há uma série de indústrias produtivas onde os principais meios energéticos são os combustíveis fósseis e a transição energética necessita de um processo de capacitação, inovação, financiamento e alianças entre o público, privado e o cidadão para impulsionar uma mudança.

A região de Biobío, no sul do Chile, tem uma oportunidade importante de ser protagonista desta transição energética em matéria de inovação, processos produtivos e de transporte em diferentes indústrias, somados à visão acadêmica.

Por isso, na Universidade de Concepción (UdeC) foi promovida a Aliança Estratégica do Hidrogênio Verde para Biobío que, em coordenação com empresas privadas, como a CMPC, e com autoridades locais, se pretende acelerar a transição energética na região.

“O lançamento desta aliança abre um leque de possibilidades para aprender e consolidar a região como um pólo produtivo e tecnológico de hidrogênio verde, que gere combustíveis limpos para o transporte e as indústrias, além de desenvolver produtos e serviços de alto nível tecnológico e novos empreendimentos de base tecnológica e formação de capital humano”, assegurou o reitor da UdeC, Carlos Saavedra.

O gerente de Bioenergias Florestais da CMPC, Enrique Donoso, quem foi convidado a apresentar a visão da empresa frente ao hidrogênio verde, sustentou que “vemos que é um veículo muito interessante para unir forças e ideias para desenvolver o hidrogênio verde em toda a sua gama de opções dentro da região”.

Agregou que a companhia pode cumprir um papel de prosumidor (produtor e consumidor) de hidrogênio verde. “CMPC pode ser um ator chave no hidrogênio verde por esta dualidade de possibilidades e, neste sentido, nossa presença na região de Biobío pode contribuir significamente para o seu desenvolvimento”, indicou.

Na cerimônia de lançamento também esteva presente o seremi de Energia de Biobío, Mauricio Henríquez, quem afirmou que “nossa região tem um recurso eólico muito bom para gerar energia elétrica renovável, além de capacidade logística e portuária, a academia, a capacidade industrial, etc., fazem da nossa região um lugar privilegiado para o desenvolvimento de experiências iniciais e pilotos que permitam fomentar um ecossistema virtuoso. Por isso essa iniciativa é tão relevante”.

Donoso também apoiou a ideia de que, em 2030, a companhia poderia “impulsionar e liderar a opção de energias limpas de acordo com suas metas de sustentabilidade, como é com o hidrogênio e, ao aproveitá-las nestes processos produtivos e nas máquinas móveis que utilizamos; podemos ter uma planta de produção de hidrogênio verde e fazer com que nossas produções florestais utilizem hidrogênio verde com prioridade.

 

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