CMPC realiza primeiro Fórum de Sustentabilidade no Brasil com participação do criador do movimento global do Capitalismo Consciente

Na instância, o líder e best-seller indiano, Raj Sisodia, e o CEO  da CMPC e primeiro diretor latino-americano do Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD), Francisco Ruiz-Tagle, abordaram os principais desafios para a consolidação da bioeconomia.

Líderes do setor público, executivos do setor privado e representantes da sociedade civil se reuniram no primeiro Fórum de Sustentabilidade organizado pela CMPC, no Brasil. Na cidade de Porto Alegre, e sob o tema “O Biofuturo está aqui”, a empresa liderou o evento em que participaram seu CEO e atual diretor do Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD), Francisco Ruiz-Tagle; e o criador do movimento Capitalismo Consciente e autor do best-seller “Empresas que Curam”, Raj sisódia.

Na instância, o líder indiano e o executivo chileno compartilharam suas perspectivas sobre a relevância da agenda sustentável para o futuro da população e da economia mundial. Ruiz-Tagle explicou como a sustentabilidade faz parte da estratégia de negócios da empresa que se prepara para lançar em novembro o projeto BioCMPC, iniciativa que contemplou a ampliação da linha de produção 2 (G2) da planta de Guaíba, que aumentará sua produção anual em 350 mil toneladas, consolidando-se como uma das unidades industriais mais competitivas do mundo. Além disso, a BioCMPC considerou mais de US$ 40 milhões em investimentos ambientais. O projeto permitirá economizar mais de 460 toneladas de emissões de CO2 e reduzirá a quase zero o uso de água e o envio de resíduos para aterros.

O executivo da CMPC indicou que “os números de investimento e rentabilidade das empresas que aderiram aos princípios ambientais, sociais e de governança mostram que o caminho da sustentabilidade social e ambiental gera maiores dividendos e atrai investidores”. Segundo Ruiz-Tagle, são estas as razões pelas quais a empresa concebe a sustentabilidade como parte do seu eixo de negócio de longo prazo e a integra nos cinco pilares da sua estratégia de desenvolvimento para 2030, juntamente com o crescimento, a preocupação com os clientes, a competitividade e o talento.

“Estabelecemos metas de sustentabilidade até 2030 para sermos líderes globais na indústria florestal em indicadores ESG, para sermos um fator de mudança no desenvolvimento das comunidades e para contribuirmos para o desenvolvimento da empresa através de metas ambientais desafiadoras alinhadas com a ciência”, Ruiz-Tagle explicou, acrescentando que estas diretrizes são aplicadas nas 48 unidades de produção distribuídas em 12 países, incluindo as do Brasil, onde a empresa está focada na consolidação dos seus três negócios, mas sem descartar continuar crescendo e investindo neste país.

Atualmente, a CMPC está presente no Brasil com sua planta de Guaíba, com os ativos florestais e industriais do negócio de celulose, papel e sacos de papel da empresa Iguaçu Celulose, Papel S.A., localizada nos estados do Paraná e Santa Catarina, e com a Carta Fabril, filial da Softys, no Rio de Janeiro.

Além disso, a empresa implantou no Rio Grande do Sul o Hub CMPC de Economia Circular, projeto que trata cerca de 600 mil toneladas de resíduos por ano, reduzindo, assim, as emissões de gases de efeito estufa (GEI), a poluição e promovendo a economia circular. Ao longo dos seus mais de 30 anos de atividade, o Hub evitou que cerca de 16 milhões de toneladas de resíduos fossem depositados em aterros e tornou-se uma contribuição para o desenvolvimento da zona. A iniciativa foi reconhecida no ano passado como um exemplo de ações transformadoras no setor florestal pelo WBCSD.

“Seguindo os ensinamentos do professor Sisodia, esta é a forma de aplicar na prática os princípios de um capitalismo mais consciente que não só está interessado em aumentar ou melhorar a produção por razões econômicas, mas o faz na medida em que isso implica uma contribuição para todos seus stakeholders”, concluiu o CEO da CMPC.

Raj Sisodia explicou precisamente que a sustentabilidade consiste cada vez mais não apenas em causar menos danos, mas também em restaurar, repensar e regenerar tudo o que foi perdido através da atividade humana. “Nos últimos 100 anos perdemos muito. Algumas coisas podem ser revertidas, outras não, mas a natureza é resiliente e pode se recuperar. Temos que tomar decisões para que isso aconteça. É o nosso dever e continua nas nossas mãos”, assegurou.

Sisodia acrescentou que a década atual é de determinação: “Dependendo do que fizermos ou deixarmos de fazer, isso terá impacto no futuro da humanidade e de muitas outras espécies neste planeta. Portanto, há um senso de urgência.” O expositor destacou que, pelo exposto, os governos desempenham um papel fundamental, aludindo à regulação às empresas: “Temos que alinhar a política com o que realmente queremos trazer para a sociedade. É aí que os governos têm o seu papel a desempenhar. As empresas geralmente opõem-se à regulamentação, e reconheço que pode haver muita má regulamentação, mas não há nada tão poderoso como uma boa regulamentação. Estas são boas para empresas conscientes e eliminam operadores que muitas vezes causam danos. E por outro lado também tem de haver incentivos”, concluiu.

O evento foi mediado pela jornalista brasileira Rosana Jatobá, que nos últimos anos ganhou notoriedade no mundo da sustentabilidade ao apresentar o programa de televisão “Um mundo para chamar de seu”.

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