Pântano de Monkul: O paraíso mapuche que atrai os turistas

Além dos tradicionais passeios em torno dos lagos da região da Araucania, a rota fluvial Carahue Navegável é uma atração turística traçada em direção à cordilheira, que começa na Estação Fluvial Carahue a leste de Temuco e consta de um trajeto de 30 quilômetros pelo leito do rio Imperial.

Conta com uma série de cais com empreendimentos locais, que são a essência da rota fluvial. O final do trajeto é o espetacular Pântano de Monkul, localizado no setor costeiro da província de Cautín, a 74 km da capital regional.

Este pântano é valorizado porque concentra muita biodiversidade e por ser determinante no funcionamento do ecossistema, razões pelas quais está em processo de ser declarado sítio Ramsar. Este projeto é executado, desde 2016 até agora, pelo Departamento de Ação Social da Diocese de Temuco (DAS), pela Prefeitura de Carahue, pela empresa CMPC e por empreendedores locais. “São oferecidas atividades durante o dia, como recepção de delegação na ruca (moradia tradicional mapuche) comunitária, relatos comunitários e fundadores dos pontos de importância cultural, caminhadas por trilhas e mirantes, observação de aves, passeios de bote ou caiaques pelo pântano, gastronomia lafkenche e intercultural e serviços de coquetelaria, e trilha pela praia Monkul a falésias Los Obispos”, diz Estela Nahuelpán, da comunidade Mateo Nahuelpán, à Revista del Domingo de El Mercurio.

“A comunidade Mateo Nahuelpán, composta por vinte famílias mapuche da identidade territorial lafkenche, está localizada nos pântanos de Monkul e é a anfitriã aos visitantes neste maravilhoso lugar que representa o desfecho natural de Carahue Navegável, já que é aí que o rio desemboca no mar”, comenta Ignacio Lira, subgerente de Assuntos Públicos Bosques da CMPC. Ele acrescenta que esta comunidade foi integrada há aproximadamente dois anos a Carahue Navegável, o que permite aos turistas adentrar de maneira distinta à paisagem dos pântanos de Monkul, que foram declarados paraíso indígena.

“Os visitantes são recebidos com preparos que expõem o melhor da gastronomia mapuche em uma ruca tradicional e são guiados a ir descobrindo esta paisagem única”, comenta Ignacio Lira.

Estela Nahuelpán detalha que eles oferecem identidade cultural, trabalho cooperativo e turismo de natureza, dada a presença de paisagens de rio, mar e um extenso pântano. “A importância do pântano e da rota para os visitantes é a possibilidade de viver uma experiência in situ, em contato com a natureza e a cultura local representada por nossa comunidade e a interação respeitosa com o entorno”, explica. Ela explica também que a comunidade participa da rota fluvial através da Cooperativa Monkul Newen Ko.

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