Rede Comunitária de Prevenção formou seu 100º comitê em aliança com a CMPC para prevenir os incêndios florestais

Cerca de 5000 pessoas em 6 regiões do Chile possuem os conhecimentos para gerenciar os riscos em seu entorno, graças ao fato de estarem organizadas em vários comitês de prevenção apoiados pela Corporação Chilena da Madeira (Corma) e suas empresas associadas.

A poucos meses do início de uma nova temporada de verão, diversas organizações já se preparam para prevenir e combater incêndios rurais. Vale lembrar que, na temporada 2022-2023, mais de 450 mil hectares foram afetados por incêndios. O maior impacto ocorreu nas regiões chilenas de Ñuble, Biobío e Araucanía, que juntas representaram mais de 90% da superfície atingida. O mais trágico é que, segundo dados da Corporação Florestal Nacional do Chile (Conaf), 99,7% dos incêndios são causados pelos seres humanos.

No contexto dos incêndios de 2017, surgiu a Rede Comunitária de Prevenção, uma iniciativa que se estende desde as regiões de O’Higgins até Los Ríos e que busca desenvolver, nas comunidades urbano-rurais, comitês que tenham a capacidade de prevenir sinistros florestais, por meio de um modelo pioneiro no Chile que une municípios, empresas, entidades públicas, organizações sociais e residentes.

Nesta quinta-feira, a Rede Comunitária de Prevenção atingiu um marco importante em Mulchén, região do Biobío, no Chile, com a formação do comitê número 100, apoiado pela CMPC e que se incorpora à rede. A este número, devem ser adicionados outros 303 comitês apoiados por outras entidades pertencentes à Corma, cujo objetivo é enfrentar este novo período de verão de forma coordenada e com o conhecimento necessário. Na verdade, até agora já foram geradas mais de 4800 medidas para prevenir incêndios florestais.

O evento, no qual foi destacado o compromisso dos vizinhos com a rede, contou com a presença da delegada presidencial da região do Biobío, Paulina Purrán; o prefeito do município de Mulchén, Jorge Rivas; o presidente das Empresas CMPC, Luis Felipe Gazitúa; o presidente da Fundação Arca Sur, Mario Rivas; além de representantes dos Comitês da Rede Comunitária de Prevenção, Conaf, Bombeiros, Carabineros e do Exército.

Como marco relevante e como estímulo à sua gestão, foram entregues os reconhecimentos a Carmen Figueroa, do comitê Alto La Aurora; Raquel Correa, do comitê Bilbao; Yocelyn Ávila, do comitê Pilguen; e Fernando Delgadillo, do comitê Los Canelos.

“Começamos a trabalhar neste comitê recentemente, para o bem da comunidade, porque foram vistas coisas que talvez nós não as tenhamos visto, mas que com eles com certeza poderemos identificar. Por isso, estou feliz por ter entrado para a rede, especialmente depois dos incêndios florestais, que foram tão complicados”, disse Carmen Gloria Figueroa, presidente do Comitê Alto La Aurora.

Para María Raquel Correa, presidente do Comitê do setor Bilbao, “é muito importante que mais comitês se juntem e que as pessoas ajudem mais a cada setor. O trabalho que fazemos é muito bonito. As pessoas também nos ajudam, pois são os protagonistas de toda essa história e nós trabalhamos com o nosso setor, com os nossos vizinhos, comunicando o que precisa ser feito, nos encarregamos dos corta-fogos, da limpeza do setor. “É preciso ter empatia com as pessoas, conversar com os vizinhos.”

Diversas autoridades presentes no local valorizaram esta iniciativa que nos permite enfrentar de forma conjunta e preventiva a realidade dos incêndios florestais no Chile.

Para Paulina Purrán, delegada presidencial da província do Biobío, o trabalho com a comunidade é muito importante, “mas também o trabalho público-privado para poder fortalecer o trabalho comunitário. Acredito que os incêndios florestais nos deixaram uma tarefa e essa tarefa é precisamente reforçar o trabalho preventivo que as comunidades podem fazer, o qual ajuda a tornar mais rápida a ação do setor privado e também público”. Por isso, destacou “o trabalho que a CMPC, o município e a comunidade estão fazendo para poder gerar esse encontro”.

Jorge Rivas, prefeito de Mulchén, valorizou a iniciativa e pediu que continuassem trabalhando juntos. “É o meu terceiro mandato como prefeito e todos os verões tenho visto incêndios no nosso município e arredores, portanto, o que sempre dissemos e fizemos é um apelo para que trabalhemos juntos. Aqui é importante considerar a comunidade. Nós, prefeitos, conhecemos muito bem a realidade local dos cidadãos que nos elegem e, portanto, é importante hoje participarmos desse projeto, desta rede de prevenção, de todos esses comitês que foram criados para trabalhar e, principalmente, agindo de forma preventiva para estarmos preparados para a ocorrência de um sinistro, como os que nos afetaram no recente verão de 2022, 2023 e nos anteriores.”

“Nós, como companhia importante no território, com muita presença aqui, tanto em termos de propriedade florestal como de indústria, sentimos que temos uma responsabilidade que vai além da nossa própria atividade produtiva e acreditamos que também temos capacidades que, com certeza, podem ser colocadas a serviço das comunidades para combater este flagelo dos incêndios florestais”, disse Luis Felipe Gazitúa, presidente das empresas CMPC.

Questionado sobre a alegada responsabilidade das companhias elétricas em relação à origem dos recentes incêndios florestais, indicada pela Procuradoria Regional do Biobío, na ocasião, o máximo executivo da CMPC afirmou que “a justiça terá que determinar se estas companhias elétricas denunciadas efetivamente cometeram a negligência de não realizar a manutenção adequada. No Chile, não há incêndios florestais naturais. Analisaremos com nossos advogados se alguma medida legal será tomada, pois, se a justiça determinar que houve responsabilidade nos referidos incêndios, nós, como companhia, também fomos afetados.”

O apoio da CMPC

A Rede Comunitária de Prevenção é promovida pela Corporação Chilena da Madeira (Corma) e suas entidades associadas em uma iniciativa pioneira que terá sua prova de fogo nos próximos meses. Neste contexto, a CMPC tem apoiado ativamente os comitês, disponibilizando diversos recursos e conhecimentos a favor das comunidades, sob a premissa de que são elas a primeira barreira de prevenção de sinistros e que suas primeiras ações serão aquelas que farão a diferença diante da ocorrência de incêndios florestais.

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