Rede “Por un Chile que Lee” chega a 120 organizações e se prepara para ser incorporada como corporação
31 de Agosto, 2023
Estabelecida em dezembro de 2022, a iniciativa aborda as lacunas de aprendizagem em torno da leitura no Chile. Atualmente, organizações de todo o país fazem parte da rede que realizou esta terça-feira no Centro Cultural La Moneda, na cidade de Santiago, o seu quarto encontro, no qual diferentes instituições compartilharam as suas experiências e abordaram os desafios que a Rede irá enfrentar no futuro.
Com a presença de mais de 90 pessoas, de 40 organizações que fazem parte da aliança, foi realizada a quarta reunião da Rede “Por un Chile que Lee”, iniciativa que busca contribuir com propostas para suprir lacunas de aprendizagem em leitura dos estudantes no Chile e que se prepara para constituir-se como uma corporação com o objetivo de se formalizar como uma organização.
Além de dar conta do trabalho realizado pelas sete mesas de trabalhos que compõem a rede, o foco do encontro – realizado no Centro Cultural La Moneda, em Santiago do Chile – foi refletir e definir os desafios futuros que devem ser enfrentados contra esta aliança e como impactar concretamente os níveis de leitura das crianças do país. E assim como algumas das mesas já estão trabalhando na geração de instrumentos que permitem a medição e avaliação de diferentes aspectos da leitura em estudantes nas etapas iniciais.
Entre as iniciativas que a rede trabalha está a criação de um manual de ensino de leitura para as escolas de pedagogias e a elaboração de instrumentos que meçam a fluência de leitura, com a intenção de testá-lo com os alunos. Além disso, a iniciativa liderou a campanha massiva “1000 fotos, 1000 leituras para compartilhar”.
No caso, Carolina Andueza, presidente do Comitê Executivo de “Por un Chile que Lee” e diretora executiva da Fundação CMPC, destacou a importância da rede e destas reuniões para definir o roteiro e os recursos que utilizarão. “A verdade é que existe uma dívida histórica com a leitura de crianças e adolescentes no Chile, mas agora estamos em uma situação ainda mais crítica depois da pandemia. Queremos estabelecer-nos como uma corporação e, através desta personalidade jurídica, aceder a fundos, adesões e financiamentos para que podermos projetar com sustentabilidade a longo prazo e assim podermos promover novas iniciativas, seminários, manuais. A ideia é poder compartilhar todo o conhecimento que está instalado em cada uma destas organizações e transformá-lo em conhecimento coletivo como país”. Atualmente, a rede “Por un Chile que Lee” é formada por mais de 120 organizações de todo o país.
Por sua vez, a coordenadora da área de Educação da Fundação Olivo, organização que acompanha a implementação de projetos que promovem oportunidades de aprendizagem, Constanza Severín, que também faz parte da mesa de Financiamentos e Alianças de “Por un Chile que Lee”, explicou que “esta rede em particular tem sido de uma vocação muito ampla, muito democrática. As mesas foram formadas de acordo com temas e objetivos de cada uma das organizações e isso significou a criação de novas mesas. Isso causa muitas motivações, pois são convocadas muitas instituições de diversas áreas e o objetivo central é muito claro. É por isso que é sustentado ao longo do tempo.”
O encontro contou ainda com os painéis “Experiências de Leitura” e “As mesas falam”. Na primeira, as bases AraucaníAprende, Belén Educa, Alma e La Fuente compartilharam seu aprendizado sobre esta área para depois passar para a segunda conversa, na qual diferentes atores da Rede puderam apresentar os desafios futuros que enfrenta a organização, entre eles, em poder estabelecer um mecanismo para descobrir onde estão os casos mais urgentes de crianças com problemas de aprendizagem de leitura, fortalecer o trabalho público-privado, posicionar “Por un Chile que Lee” como referência nacional em leitura e materializar as iniciativas em sala de aula que são desenvolvidas em rede.
O objetivo da rede e desses encontros é continuar o trabalho de geração de sinergias e iniciativas para garantir que as crianças entendam o que leem e gostem de ler. O evento aconteceu no Centro Cultural La Moneda, após três encontros anteriores nas dependências do Centro de Pesquisa Avançada em Educação (CIAE) da Universidad de Chile, na Universidad Católica e na Universidade de los Andes, em Santiago do Chile.
