Voluntários da CMPC se unem ao programa de apoio a pessoas em situação de rua
Originalmente de Santiago do Chile, Miguel Ángel Bravo mudou-se para o sul do país a trabalho. Porém, depois de um tempo, ficou desempregado, sem rede familiar para acolhê-lo, e acabou morando na rua. Miguel Ángel é um dos beneficiários do Programa Calle, uma iniciativa do Ministério de Desenvolvimento Social do Governo do Chile executada pelo Município de Los Angeles que busca contribuir para a reinserção social de pessoas em situação de rua com apoio psicossocial e socio laboral. “Eu trabalhava em uma agroindústria e depois vendia band-aid na rua. Este programa é muito bom, porque nos ajuda e nos dá oportunidades de progredir”, diz Miguel Ángel, que está disposto a mudar as suas condições de vida graças ao apoio que tem recebido.
No total, são cerca de 60 pessoas que se reúnem todos os meses em diferentes lugares do município de Los Angeles – cidade localizada na região de Biobío, na zona centro-sul do Chile – sob a égide deste programa. No último encontro, os participantes reuniram-se no refeitório do município. Na instância eles compartilharam com os voluntários da CMPC, que fizeram uma doação de parkas e serviram o café da manhã.
A diretora de Desenvolvimento Social do Município de Los Angeles, María Jesús Sandoval, explicou o objetivo da iniciativa: “oferecemos atendimento integral às pessoas em situação de rua. Prestamos atendimento psicológico e articulamos com a rede de saúde com os diversos Cesfam, além de atender suas diferentes demandas”. Da mesma forma, a responsável destaca que, para o funcionamento do programa, é fundamental a colaboração de diferentes instituições e empresas. “A CMPC nunca deixou de colaborar com as diferentes unidades que o município tem, o que também nos permite dar visibilidade ao trabalho que se faz junto das pessoas”, sublinhou.
Por sua vez, Alfonso Muñoz, Líder da Área de Relações Comunitárias da CMPC, expressou sua satisfação com a iniciativa. “Estamos felizes em compartilhar com os vizinhos em situação de rua. Meu coração está feliz, está um dia lindo, pois conseguimos reunir um grupo de voluntários da empresa. Assim, cada um possa contar a experiência e motivar outros a também aderirem a este tipo de ação”.
Assim como Miguel Ángel, Marisol Vergara também faz parte do programa. Conhecida como “la Flaca”, Marisol viveu uma situação familiar que virou sua vida de cabeça para baixo e acabou levando-a para a vida na rua. Apesar disso, sua alegria e empatia contagiam o grupo nesses encontros mensais em que comemoram aniversários e compartilham experiências. “Quero ter minha vida de volta. Nós que moramos na rua somos discriminados. Há pessoas que conheço que não dizem olá, mas me sinto orgulhosa. Não somos donos do mundo, todos podemos ter uma virada na vida como eu tive, mas nunca perdi minha essência”, diz.